Programação diversa com cinema, conhecimento e teatro aconteceu no Cine Walmir Almeida e no Memorial de Sergipe

Aracaju respirou arte e diversidade cultural nesta quarta-feira, 5, com mais um dia intenso da 24ª edição do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-Se). Realizado pela AVBR Produções, com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, o evento, que segue até o dia 9, celebra o tema “Amor Fati, território do querer”, unindo cinema, teatro e debate em uma programação vibrante e plural.

Para Rosângela Rocha, diretora e idealizadora do Curta-Se, o dia sintetizou a essência do festival: a convivência entre múltiplas linguagens e culturas. “O Curta-Se sempre buscou ser um espaço de encontro, de escuta e de afeto entre artistas e público. Hoje, vimos isso acontecer em cada atividade, seja no diálogo entre cineastas, logo pela manhã, na força do teatro do Imbuaça ou na celebração da diversidade cultural trazida pelo congresso. É um lembrete de que a arte é, antes de tudo, uma forma de querer e de resistir”, afirmou Rosângela.

As atividades começaram logo pela manhã, às 10h, no Cine Walmir Almeida, no Centro de Aracaju, com uma animada roda de conversa sobre os filmes exibidos na noite anterior. O encontro proporcionou ao público uma rara oportunidade de trocar ideias e mergulhar nos bastidores das produções exibidas.

O diretor do filme “Morte e Vida Madalena”, Guto Parente, participou da roda de conversa e falou sobre como ele enxerga a exibição do seu filme no Curta-Se, e como o festival facilita e democratiza o acesso de todo tipo de público às produções. “O festival tem uma proposta muito interessante, estou achando ótimo. O circuito de festivais têm um papel muito importante de fazer chegar às pessoas, filmes brasileiros que muitas vezes encontram dificuldade no circuito comercial de distribuição. O Curta-Se faz parte de uma cadeia que é super importante no audiovisual”, disse Guto. 

Durante a tarde, o Memorial de Sergipe Professor Jouberto Uchôa, na Orla da Atalaia, se transformou em ponto de encontro para cinéfilos e realizadores. A partir das 14h, o público conferiu as mostras competitivas das categorias trailer, websérie e videoclipe, seguidas, às 16h, por uma sessão especial de curtas-metragens em homenagem ao crítico e teórico Jean-Claude Bernardet, referência incontornável do cinema brasileiro.

Paralelamente, Aracaju também sediou o início do VIII Congresso Internacional das Coalizões pela Diversidade Cultural, evento que segue até o dia 7 de novembro no Hotel Real Classic, na Coroa do Meio. A abertura oficial, no Dia Nacional da Cultura e da Língua Portuguesa, contou com representantes de dezenas de países, gestores culturais e artistas, celebrando os 20 anos da Convenção da Unesco sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais. O congresso integra oficialmente a programação do Curta-Se 24 e amplia o diálogo sobre diversidade linguística, cultura digital, sustentabilidade e políticas públicas para o setor cultural.

A palestrante do Congresso, Alexandra Diaz, disse que faz parte desse movimento pela diversidade cultural desde 2005 e organiza uma associação que se chama “Criar e libertar”, na Argentina. “Esse movimento aqui em Aracaju é muito importante, essa é a primeira vez, desde 2009, que voltamos e trouxemos todo mundo aqui. Esse é um investimento muito forte. Essa é a única convenção que permite a participação da sociedade civil. Muito importante que cada arte, sobretudo a criação artística, trabalhe. Lutamos por isso. Somos o que estamos criando, e isso não vai mudar”, disse.

No final da tarde, o clima foi de celebração popular com o Grupo Imbuaça, que apresentou um espetáculo teatral a céu aberto, em frente ao Memorial de Sergipe. A performance emocionou o público, que lotou o espaço e reafirmou a força do teatro sergipano como expressão da identidade local.

Encerrando o dia, as exibições cinematográficas voltaram a ocupar o Memorial com as mostras competitivas de longa iberoamericano, trazendo os filmes “Um minuto é uma eternidade para quem está sofrendo”, de Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro, às 18h30, e “Vinchuca”, dirigido por Luis Zorraquin, às 20h.

Curta-Se 24

A 24ª edição acontece de 3 a 9 de novembro de 2025, em Aracaju, com mostras competitivas de curtas e longas, vídeos de bolso, trailers, videoclipes e webséries, além de uma programação especial com apresentações artísticas, debates, mesas-redondas e rodas de conversa, reforçando a pluralidade e o caráter formativo do festival.

O Festival conta com patrocínio da Petrobras, Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet); apoio cultural do Cine Walmir Almeida, da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e do Governo do Estado de Sergipe, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), e do Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa; além do apoio institucional do Ibero Fest, Avanca Film Festival, VIII Congresso das Coalizões pela Diversidade Cultural e do Fórum dos Festivais.

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Curta-Se 24 une muestras competitivas y especiales con espectáculo teatral del grupo Imbuaça
Una programación diversa con cine, conocimiento y teatro animó el Cine Walmir Almeida y el Memorial de Sergipe

Aracaju respiró arte y diversidad cultural este miércoles 5, con un nuevo día de intensa actividad en la 24ª edición del Festival Iberoamericano de Cine de Sergipe (Curta-Se). Realizado por AVBR Produções, con el patrocinio de Petrobras y del Ministerio de Cultura, el evento —que continúa hasta el día 9— celebra la temática “Amor Fati, territorio del querer”, uniendo cine, teatro y debate en una programación vibrante y plural.

Para Rosângela Rocha, directora e idealizadora del Curta-Se, el día sintetizó la esencia del festival: la convivencia entre múltiples lenguajes y culturas.

“El Curta-Se siempre ha buscado ser un espacio de encuentro, de escucha y de afecto entre artistas y público. Hoy vimos eso materializarse en cada actividad: en el diálogo entre cineastas por la mañana, en la fuerza del teatro del Imbuaça y en la celebración de la diversidad cultural que trajo el congreso. Es un recordatorio de que el arte es, ante todo, una forma de querer y de resistir”, afirmó Rosângela.

Las actividades comenzaron temprano, a las 10:00 AM, en el Cine Walmir Almeida, en el centro de Aracaju, con un conversatorio sobre las películas exhibidas la noche anterior. El encuentro ofreció al público una valiosa oportunidad de intercambiar ideas y adentrarse en los bastidores de las producciones.

El director de la película Morte e Vida Madalena, Guto Parente, participó del foro y compartió su visión sobre la importancia del Curta-Se en la difusión del cine brasileño.

“El festival tiene una propuesta muy interesante, me ha parecido excelente. El circuito de festivales cumple un papel esencial al llevar al público películas brasileñas que muchas veces enfrentan dificultades en la distribución comercial. El Curta-Se forma parte de una cadena fundamental para el audiovisual”, señaló Guto.

Durante la tarde, el Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, en la Orla de Atalaia, se convirtió en punto de encuentro para cinéfilos y realizadores. Desde las 2:00 PM, el público disfrutó de las muestras competitivas de tráiler, webserie y videoclip, seguidas, a las 4:00 PM, de una sesión especial de cortometrajes en homenaje al crítico y teórico Jean-Claude Bernardet, una referencia esencial del cine brasileño.

Paralelamente, Aracaju fue sede del inicio del VIII Congreso Internacional de las Coaliciones por la Diversidad Cultural, que se extenderá hasta el 7 de noviembre en el Hotel Real Classic, en la Coroa do Meio. La apertura oficial, coincidiendo con el Día Nacional de la Cultura y de la Lengua Portuguesa, reunió representantes de decenas de países, gestores culturales y artistas para celebrar los 20 años de la Convención de la UNESCO sobre la Protección y Promoción de la Diversidad de las Expresiones Culturales. El congreso, que forma parte oficial de la programación del Curta-Se 24, amplía el diálogo sobre diversidad lingüística, cultura digital, sostenibilidad y políticas públicas para el sector cultural.

La conferencista Alexandra Díaz, participante del congreso, comentó:

“Formo parte de este movimiento por la diversidad cultural desde 2005 y organizó en Argentina la asociación Crear y Liberar. Este encuentro en Aracaju es muy importante; es la primera vez desde 2009 que volvemos a reunir a todos. Esta convención es única porque permite la participación de la sociedad civil. Es fundamental que cada arte, especialmente la creación artística, siga trabajando. Luchamos por eso. Somos lo que estamos creando, y eso no cambiará”.

Al final de la tarde, el ambiente se transformó en una celebración popular con el Grupo Imbuaça, que presentó un espectáculo teatral al aire libre, frente al Memorial de Sergipe. La actuación emocionó al público, que llenó el espacio y reafirmó la fuerza del teatro sergipano como expresión de identidad local.

Para cerrar la jornada, las proyecciones cinematográficas regresaron al Memorial con la Muestra Competitiva de Largometraje Iberoamericano, presentando las películas Um minuto é uma eternidade para quem está sofrendo, de Fábio Rogério y Wesley Pereira de Castro, a las 6:30 PM, y Vinchuca, dirigida por Luis Zorraquin, a las 8:00 PM.

Curta-Se 24

La 24ª edición se celebra del 3 al 9 de noviembre de 2025, en Aracaju, con muestras competitivas de cortos y largos, vídeos de bolsillo, tráilers, videoclips y webseries, además de una programación especial con presentaciones artísticas, debates, foros de debate y ruedas de conversación, reafirmando la pluralidad y el carácter formativo del festival.

El Festival cuenta con el patrocinio de Petrobras y del Gobierno Federal, por medio del Ministerio de Cultura, a través de la Ley Federal de Incentivo a la Cultura (Ley Rouanet); apoyo cultural del Cine Walmir Almeida, de la Fundación de Cultura y Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) y del Gobierno del Estado de Sergipe, mediante la Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), y del Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa; además del apoyo institucional del Ibero Fest, Avanca Film Festival, VIII Congreso de las Coaliciones por la Diversidad Cultural y del Foro de los Festivales.