Encerrando o segundo dia de debates do VIII Congresso Internacional das Coalizões pela Diversidade Cultural, Aracaju consolidou-se, nesta quinta-feira, 6, como um dos principais centros globais de discussão sobre políticas públicas e diversidade das expressões culturais. Realizado no Hotel Real Classic, localizado na Coroa do Meio, o evento integra a programação da 24ª edição do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-Se), realizado pela AVBR Produções, com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura.
A programação desta quinta-feira, 6, foi marcada por discussões sobre direitos culturais, cidadania, sustentabilidade e os impactos da era digital, abordando o tema: “A implementação da Convenção de 2005 na era digital – políticas públicas e regulamentação”. O painel reuniu especialistas e gestores culturais do Brasil e do exterior para refletir sobre como a inteligência artificial vem transformando a criação artística e os modos de circulação da cultura no mundo.
A diretora e idealizadora do Curta-Se, Rosangela Rocha, que também participou de todo debate que aconteceu durante o Congresso, disse que é uma grande alegria ver o Festival se tornar palco de um diálogo tão profundo e necessário sobre o futuro da cultura no mundo. “O Curta-Se nasceu, há mais de duas décadas, com o propósito de valorizar a diversidade das expressões culturais e abrir espaço para novas vozes, olhares e linguagens. Ao sediar este Congresso Internacional, reafirmamos esse compromisso: o de conectar pessoas, ideias e territórios por meio da arte”, afirmou Rosângela.
Entre os participantes, o secretário de Direitos Autorais e Intelectuais do Ministério da Cultura, Marcos Alves de Souza, ressaltou os dilemas contemporâneos trazidos pela IA. “A produção cultural e artística é protegida por direitos autorais. Quando isso deixa de existir, além de uma remuneração justa, os conteúdos gerados por IA vão concorrer com aqueles conteúdos que são gerados por pessoas de carne e osso. É uma situação extremamente injusta e absurda essa falta de regulamentação da inteligência artificial. Esse debate tem tudo a ver com a produção cultural e artística, porque se não precisa pagar nada para IA do jeito que está, porque as pessoas vão escolher pagar por direitos autorais? Esse futuro está em jogo”, disse Marcos.
Logo pela manhã, houve uma mesa intitulada “Cultura Viva e Diversidade Cultural: direitos, cidadania e sustentabilidade”, a qual trouxe experiências de políticas públicas voltadas ao fortalecimento de redes comunitárias e coletivos culturais, reafirmando o papel da cultura como vetor de desenvolvimento humano e social.
A presidente da Coalizão Brasileira pela Diversidade Cultural, Solange Moraes, que esteve presente em toda programação, disse que o principal objetivo é fazer com que as Coalizões voltem a participar ativamente das discussões entre governo e sociedade, e foi isso que o Curta-Se possibilitou. “Só trouxemos o evento para Aracaju por causa do Curta-Se. Eu acompanho esse festival desde quando ele nasceu e hoje ele está grandioso, sempre levando Sergipe para o mundo, também dialogando com o cinema brasileiro. Aqui, discutimos novos formados de política para o Brasil. Esse festival é fundamental”, declarou Solange.
O Congresso, que reúne representantes de dezenas de países, é promovido pela Federação Internacional das Coalizões pela Diversidade Cultural (FICDC) e pela Coalizão Brasileira pela Diversidade Cultural (CBDC), com apoio do Governo de Sergipe, da Unesco, e do próprio Festival Curta-Se, que conta com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
As atividades seguem nesta sexta-feira, 7, com reuniões fechadas entre representantes das coalizões para deliberações internas e definição de estratégias conjuntas de atuação internacional. O Congresso reafirma o protagonismo do Brasil na defesa da diversidade cultural e das políticas públicas para o setor, celebrando também os 20 anos da Convenção da Unesco sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, adotada em 2005.
Curta-Se 24
A 24ª edição acontece de 3 a 9 de novembro de 2025, em Aracaju, com mostras competitivas de curtas e longas, vídeos de bolso, trailers, videoclipes e webséries, além de uma programação especial com apresentações artísticas, debates, mesas-redondas e rodas de conversa, reforçando a pluralidade e o caráter formativo do festival.
O Festival conta com patrocínio da Petrobras, Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet); apoio cultural do Cine Walmir Almeida, da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e do Governo do Estado de Sergipe, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), e do Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa; além do apoio institucional do Ibero Fest, Avanca Film Festival, VIII Congresso das Coalizões pela Diversidade Cultural e do Fórum dos Festivais.
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Curta-Se 24 acoge el VIII Congreso de las Coaliciones por la Diversidad Cultural
Al cierre del segundo día de debates del VIII Congreso Internacional de las Coaliciones por la Diversidad Cultural, Aracaju se consolidó, este jueves 6, como uno de los principales centros globales de discusión sobre políticas públicas y diversidad de las expresiones culturales. Realizado en el Hotel Real Classic, ubicado en Coroa do Meio, el evento forma parte de la programación de la 24ª edición del Festival Iberoamericano de Cine de Sergipe (Curta-Se), organizado por AVBR Produções, con el patrocinio de Petrobras y del Ministerio de Cultura.
La jornada del jueves estuvo marcada por debates sobre derechos culturales, ciudadanía, sostenibilidad y los impactos de la era digital, bajo el tema “La implementación de la Convención de 2005 en la era digital: políticas públicas y regulación”. El panel reunió a especialistas y gestores culturales de Brasil y del exterior para reflexionar sobre cómo la inteligencia artificial está transformando la creación artística y las formas de circulación de la cultura en el mundo.
Rosângela Rocha, directora e idealizadora del Curta-Se, quien también participó en los debates del Congreso, expresó su satisfacción por ver al Festival convertirse en escenario de un diálogo tan profundo y necesario sobre el futuro de la cultura en el mundo. “El Curta-Se nació hace más de dos décadas con el propósito de valorar la diversidad de las expresiones culturales y abrir espacio para nuevas voces, miradas y lenguajes. Al acoger este Congreso Internacional, reafirmamos ese compromiso: conectar personas, ideas y territorios a través del arte”, afirmó Rosângela.
Entre los participantes, el secretario de Derechos de Autor y Propiedad Intelectual del Ministerio de Cultura, Marcos Alves de Souza, destacó los dilemas contemporáneos que plantea la inteligencia artificial. “La producción cultural y artística está protegida por derechos de autor. Cuando esto deja de existir, además de perder una remuneración justa, los contenidos generados por IA competirán con aquellos creados por personas de carne y hueso. Es una situación extremadamente injusta y absurda esta falta de regulación. Este debate tiene todo que ver con la producción cultural y artística, porque si no se paga nada a la IA como ocurre hoy, ¿por qué la gente pagaría por derechos de autor? Ese futuro está en juego”, afirmó.
Durante la mañana, se realizó la mesa “Cultura Viva y Diversidad Cultural: derechos, ciudadanía y sostenibilidad”, que presentó experiencias de políticas públicas destinadas a fortalecer redes comunitarias y colectivos culturales, reafirmando el papel de la cultura como motor del desarrollo humano y social.
Solange Moraes, presidenta de la Coalición Brasileña por la Diversidad Cultural, quien participó en toda la programación, destacó que el principal objetivo es que las coaliciones vuelvan a participar activamente en las discusiones entre gobierno y sociedad, algo que el Curta-Se hizo posible. “Trajimos el evento a Aracaju justamente por el Curta-Se. Sigo este festival desde su nacimiento y hoy está grandioso, llevando a Sergipe al mundo y dialogando también con el cine brasileño. Aquí discutimos nuevas formas de política cultural para Brasil. Este festival es fundamental”, afirmó Solange.
El Congreso, que reúne representantes de decenas de países, es promovido por la Federación Internacional de las Coaliciones por la Diversidad Cultural (FICDC) y la Coalición Brasileña por la Diversidad Cultural (CBDC), con el apoyo del Gobierno de Sergipe, la UNESCO y el propio Festival Curta-Se, que cuenta con patrocinio de Petrobras y del Gobierno Federal, a través de la Ley Federal de Incentivo a la Cultura (Ley Rouanet).
Las actividades continúan este viernes 7 con reuniones cerradas entre representantes de las coaliciones para deliberaciones internas y definición de estrategias conjuntas de acción internacional. El Congreso reafirma el protagonismo de Brasil en la defensa de la diversidad cultural y de las políticas públicas para el sector, celebrando también los 20 años de la Convención de la UNESCO sobre la Protección y Promoción de la Diversidad de las Expresiones Culturales, adoptada en 2005.
Curta-Se 24
La 24ª edición se realiza del 3 al 9 de noviembre de 2025, en Aracaju, con muestras competitivas de cortometrajes y largometrajes, vídeos de bolsillo, tráilers, videoclips y webseries, además de una programación especial con presentaciones artísticas, debates, foros de debate y ruedas de conversación, reafirmando la pluralidad y el carácter formativo del festival.
El Festival cuenta con el patrocinio de Petrobras y del Gobierno Federal, a través del Ministerio de Cultura y de la Ley Federal de Incentivo a la Cultura (Ley Rouanet); apoyo cultural del Cine Walmir Almeida, la Fundación de Cultura y Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) y el Gobierno del Estado de Sergipe, mediante la Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), y del Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa; además del apoyo institucional del Ibero Fest, Avanca Film Festival, VIII Congreso de las Coaliciones por la Diversidad Cultural y del Foro de los Festivales.