A 24ª edição do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-Se) movimentou Aracaju nesta terça-feira, 4, com uma programação intensa que mergulhou o público no universo do audiovisual, dando início às mostras especiais e competitivas do festival. Realizado pela AVBR Produções, com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, o evento reuniu cineastas, estudantes e amantes do cinema em uma celebração plural e gratuita, espalhada por diversos espaços culturais da capital sergipana. 

As mostras Competitiva de Curtas Sergipanos, tiveram início às 18h15, no Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, na Orla da Atalaia. Neste primeiro dia de competitivas, O público assistiu a oito produções locais que refletem a força e a diversidade do cinema produzido no estado: O Armário de Gisélia, de Eudaldo Monção Júnior; Sergipe Way – Do Barro ao Mangue, de Gessica da Silva Lima; Aracaju – Uma Viagem no Tempo, de Fábio Jaciuk; Cancioneiras – Embarcações Poéticas, de Elaine Bomfim e Graziele Ferreira; Coisa de Preto, de Pâmela Peregrino; Donas da Cultura Popular – Madá, de Davi Cavalcante; Sobre Plantas, Mãos e Fé, de Danielle Azevedo e Gabriela Alcântara; e Sonata Beladona, de Antônio Rafael Gomes Maia. 

Além dos curtas sergipanos, às 20h30 também foi exibido o longa “Morte e Vida Madalena”, de Guto Parente, produção luso-brasileira que integra a Mostra competitiva de longa ibero-americano, seguido de uma apresentação artística do bloco afrocultural Descidão dos Quilombolas, que representa uma expressão carnavalesca de protesto contra a discriminação racial, de valorização e preservação da cultura e da história africana, buscando levar a cultura afro brasileira à população, proporcionando integração e valorização entre os mais diferentes povos.

A diretora e idealizadora do Curta-Se, Rosângela Rocha, explicou que além de júri técnico, a Mostra Sergipana está sendo avaliada por júri popular, em que o público vota no seu filme preferido ao final da sessão. Os vencedores serão conhecidos na cerimônia de premiação, no domingo, 9, no Cine Walmir Almeida. “As mostras competitivas são sempre o coração do Curta-Se. É nelas que o público tem a oportunidade de conhecer a potência do nosso cinema, de ver de perto a criatividade e a sensibilidade de quem faz audiovisual no Brasil e, especialmente, em Sergipe. Ver essa troca acontecer, ver a plateia se envolver com as histórias e com os realizadores, é o que nos motiva a continuar”, disse.

À tarde, o cinema também estava pulsando no Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, com três sessões especiais de curtas nacionais. A primeira exibiu produções como Ana Parideira, A Vaqueira, A última Lágrima e Logos. Às 16h, começou a segunda sessão, que apresentou Dança dos Orixás, Bárbara – A força da Ancestralidade, Como Ler o Vento, A Rede e Sou Jazz.

A realizadora do curta sergipano Cancioneiras – Embarcações Poéticas, que está participando das competitivas, Elaine Bomfim, disse que o filme foi criado na Barra dos Coqueiros e a proposta é apresentar uma viagem criativa pelas águas do Rio Sergipe. “Ser selecionada para participar do Curta-Se foi sensacional. Eu não sei nem como descrever. Esse foi o primeiro filme que eu realizei, não tinha experiência anterior, mas tem sido um processo muito bonito, me entreguei tanto. Ser selecionada já foi um prêmio”, declarou.

O realizador do documentário “Aracaju – Uma viagem no tempo”, Fábio Jaciuk, disse que a produção nasceu de uma pesquisa sobre a família, quando encontrou fitas VHS e viu cenas afetivas. “É um documentário que traz muitas lembranças para quem é de Aracaju, traz recordações para quem viveu essa época. E estamos revivendo esse momento vintage. Minha expectativas são muito boas, tenho certeza que vai ser legal”, completou.

Cinema e inclusão 

No Cine Walmir Almeida, localizado no Centro Cultural de Aracaju, a manhã foi dedicada às crianças. A sala Petrobras recebeu o Festivalzinho, que apresentou animações de diferentes regiões do país, como Lazúli, Mundinho, Lá na Frente, Umassuma – Lascas de Memórias e Meninas de Asas. Logo depois, a Mostra Acessibilidade – Nacional e Infantil destacou produções que abordam inclusão e diversidade, entre elas Eu e o Boi, o Boi e Eu, Victor, O Enigma do Tempo, Rheum, Minha Cidade Ideal, ABC de Mãe e Quarentena

O festival também ampliou sua presença no ambiente digital. Às 15h, a Roda de Conversa Jean-Claude Bernardet reuniu pesquisadores e realizadores do audiovisual em um debate mediado por Mauro Luciano de Araújo, coordenador do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com participações de Tata Amaral, Mateus Araújo Silva, Fábio Rogério e Marcelo Ikeda, reforçando o caráter formativo e reflexivo do evento.

O público pode conferir a programação completa e detalhada nos perfis oficiais do festival no Instagram @avbrproducoes e @festivalcurtase, e no site www.curtase.com.br.

Curta-Se 24

A 24ª edição acontece de 3 a 9 de novembro de 2025, em Aracaju, com mostras competitivas de curtas e longas, vídeos de bolso, trailers, videoclipes e webséries, além de uma programação especial com apresentações artísticas, debates, mesas-redondas e rodas de conversa, reforçando a pluralidade e o caráter formativo do festival.

O Festival conta com patrocínio da Petrobras, Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet); apoio cultural do Cine Walmir Almeida, da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e do Governo do Estado de Sergipe, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), e do Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa; além do apoio institucional do Ibero Fest, Avanca Film Festival, VIII Congresso das Coalizões pela Diversidade Cultural e do Fórum dos Festivais.

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Curta-Se da inicio a las muestras especiales y competitivas del festival

La 24ª edición del Festival Iberoamericano de Cine de Sergipe (Curta-Se) animó a Aracaju este martes 4, con una programación intensa que sumergió al público en el universo audiovisual, marcando el inicio de las muestras especiales y competitivas del festival. Realizado por AVBR Produções, con el patrocinio de Petrobras y del Ministerio de Cultura, el evento reunió a cineastas, estudiantes y amantes del cine en una celebración plural y gratuita, desplegada por distintos espacios culturales de la capital sergipana.

Las Muestras Competitivas de Cortometrajes Sergipanos comenzaron a las 6:15 PM en el Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, en la Orla da Atalaia. En este primer día de competencia, el público asistió a ocho producciones locales que reflejan la fuerza y la diversidad del cine hecho en el estado: O Armário de Gisélia, de Eudaldo Monção Júnior; Sergipe Way – Do Barro ao Mangue, de Gessica da Silva Lima; Aracaju – Uma Viagem no Tempo, de Fábio Jaciuk; Cancioneiras – Embarcações Poéticas, de Elaine Bomfim y Graziele Ferreira; Coisa de Preto, de Pâmela Peregrino; Donas da Cultura Popular – Madá, de Davi Cavalcante; Sobre Plantas, Mãos e Fé, de Danielle Azevedo y Gabriela Alcântara; y Sonata Beladona, de Antônio Rafael Gomes Maia.

Además de los cortos sergipanos, a las 8:30 PM también se proyectó el largometraje Morte e Vida Madalena, de Guto Parente, una coproducción luso-brasileña que forma parte de la Muestra Competitiva de Largometraje Iberoamericano, seguida de una presentación artística del bloque afrocultural Descidão dos Quilombolas. Esta agrupación representa una expresión carnavalesca de protesta contra la discriminación racial, de valoración y preservación de la cultura y la historia africana, buscando acercar la cultura afrobrasileña a la población y promover la integración y valorización entre los diferentes pueblos.

La directora y creadora del Curta-Se, Rosângela Rocha, explicó que, además del jurado técnico, la Muestra Sergipana también está siendo evaluada por un jurado popular, en el cual el público vota por su película favorita al final de la sesión. Los ganadores serán anunciados durante la ceremonia de premiación, el domingo 9, en el Cine Walmir Almeida.

 “Las muestras competitivas son siempre el corazón del Curta-Se. Es en ellas donde el público tiene la oportunidad de conocer la potencia de nuestro cine, de ver de cerca la creatividad y la sensibilidad de quienes hacen audiovisual en Brasil y, especialmente, en Sergipe. Ver ese intercambio, ver al público involucrarse con las historias y los realizadores, es lo que nos motiva a continuar”, declaró Rocha.

Durante la tarde, el cine también latía en el Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, con tres sesiones especiales de cortos nacionales. La primera presentó producciones como Ana Parideira, A Vaqueira, A Última Lágrima y Logos. A las 4 PM comenzó la segunda sesión, con los filmes Dança dos Orixás, Bárbara – A Força da Ancestralidade, Como Ler o Vento, A Rede y Sou Jazz.

La realizadora del corto sergipano Cancioneiras – Embarcações Poéticas, que participa en la competencia, Elaine Bomfim, contó que la película fue creada en Barra dos Coqueiros y propone un viaje creativo por las aguas del río Sergipe.

“Ser seleccionada para participar en el Curta-Se fue sensacional. No sé ni cómo describirlo. Este fue el primer filme que realicé, no tenía experiencia previa, pero ha sido un proceso muy bonito; me entregué por completo. Ser seleccionada ya fue un premio”, afirmó.

El realizador del documental Aracaju – Uma Viagem no Tempo, Fábio Jaciuk, explicó que la producción nació a partir de una investigación sobre su familia, cuando encontró cintas VHS con escenas cargadas de afecto.

 “Es un documental que despierta muchos recuerdos en quienes son de Aracaju, evocando vivencias de esa época. Y estamos reviviendo ese momento vintage. Mis expectativas son muy buenas, estoy seguro de que será genial”, expresó.

Cine e inclusión

En el Cine Walmir Almeida, ubicado en el Centro Cultural de Aracaju, la mañana estuvo dedicada a las infancias. La Sala Petrobras recibió el Festivalzinho, que presentó animaciones de distintas regiones del país, como Lazúli, Mundinho, Lá na Frente, Umassuma – Lascas de Memórias y Meninas de Asas. Luego, la Muestra Accesibilidad – Nacional e Infantil destacó producciones que abordan temas de inclusión y diversidad, entre ellas Eu e o Boi, o Boi e Eu, Victor, O Enigma do Tempo, Rheum, Minha Cidade Ideal, ABC de Mãe y Quarentena.

El festival también amplió su presencia en el entorno digital. A las 3 PM, el Foro de Debate Jean-Claude Bernardet reunió a investigadores y realizadores del audiovisual en una conversación moderada por Mauro Luciano de Araújo, coordinador del curso de Cine y Audiovisual de la Universidad Federal de Sergipe (UFS), con la participación de Tata Amaral, Mateus Araújo Silva, Fábio Rogério y Marcelo Ikeda, reforzando el carácter formativo y reflexivo del evento.

El público puede consultar la programación completa y detallada en los perfiles oficiales del festival en Instagram: @avbrproducoes y @festivalcurtase, así como en el sitio oficial www.curtase.com.br.

Curta-Se 24

La 24ª edición se realiza del 3 al 9 de noviembre de 2025, en Aracaju, con muestras competitivas de cortos y largos, videos de bolsillo, tráilers, videoclips y webseries, además de una programación especial con presentaciones artísticas, debates, foros de debate y ruedas de conversación, reforzando la pluralidad y el carácter formativo del festival.

El Festival cuenta con el patrocinio de Petrobras y del Gobierno Federal, por medio del Ministerio de Cultura, a través de la Ley Federal de Incentivo a la Cultura (Ley Rouanet); con el apoyo cultural del Cine Walmir Almeida, de la Fundación de Cultura y Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) y del Gobierno del Estado de Sergipe, mediante la Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), y del Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa; además del apoyo institucional del Ibero Fest, Avanca Film Festival, VIII Congreso de las Coaliciones por la Diversidad Cultural y el Foro de los Festivales.