O Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-Se) viveu neste sábado, 8, mais um dia de intensa programação, celebrando o cinema, a música e a troca de experiências em uma jornada que encantou o público. As atividades do dia reuniram exibições, debates e um show especial do sinfônico sergipano Lucas Campelo, em clima de celebração da cultura e da diversidade. Realizado pela AVBR Produções, com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, o Curta-Se 24 proporciona uma verdadeira imersão multicultural, reunindo exibições, debates e atrações em diversos espaços culturais de Aracaju.
A diretora e idealizadora do Curta-Se, Rosângela Rocha, destacou o espírito colaborativo que tem marcado a 24ª edição. “O Curta-Se é, antes de tudo, um espaço de encontros entre culturas, gerações e olhares. Cada edição reafirma nossa crença no poder do cinema como ferramenta de diálogo, reflexão e transformação social. Ver Aracaju pulsar cultura dessa forma é uma alegria imensa”, diz Rosângela.
Para a produtora do festival, Deyse Rocha, é muito gratificante saber que Sergipe tem se tornado referência cultural, graças ao Curta-Se. Ela afirma ainda que chega nesta reta final com a certeza de que esta edição ficará marcada.
“Seguimos um regimento em respeito ao Fórum dos festivais, ao público e a todos os realizadores que creditam seus filmes, fazendo a inscrição no Festival, aguardando mais uma edição de sucesso, como essa tem sido. É a tradição sendo mantida. Estamos cumprindo o papel da pluriculturalidade agregando a sétima arte, a música, o teatro e todo processo que une as artes e fortalece o audiovisual, aquele que é a casa que comporta todas as artes”, declarou Deyse.
O sábado começou no Cine Walmir Almeida, no Centro Cultural de Aracaju, com uma roda de conversa pela manhã, na qual o público pôde dialogar com os diretores dos filmes exibidos na noite anterior. A troca de experiências e o debate sobre os processos criativos marcaram o início do dia.
À tarde, o Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, na Orla da Atalaia, foi palco de uma masterclass sobre curadoria em cinema e perspectivas para mostras e festivais, às 14h. A atividade contou com a participação de Kênia Freitas, Izabel de Fátima Cruz Melo, Tetê Mattos e Josiane Ozório, que compartilharam reflexões sobre o papel da curadoria na construção de narrativas e na valorização da diversidade cultural.
Em seguida, às 15h30, a mesa “O mercado audiovisual em Sergipe: desafios e perspectivas” reuniu Marcelo Ikeda, Lu Silva e Beatriz Aranzana para discutir o panorama local da produção audiovisual, suas potencialidades e os caminhos para fortalecer o setor no estado. A programação prosseguiu com a Sessão Especial Curtas 7 | Cinema UFS, às 16h30, exibindo os filmes Abjetas 288, Cadê o Mamulengo que Tava Aqui?, Onde a Fé Tem Nos Levado e Alice. As produções provocaram aplausos e debates sobre identidade, memória e o papel do cinema universitário na formação de novos olhares.
À noite, o público acompanhou a Mostra Competitiva Curtas Iberoamericanos 3, com títulos do Brasil e do exterior, entre eles A Fera do Mangue, Espelho da Memória, Yungay, Entre o Mar e o Sertão, A Nave que Nunca Pousa, Guarapari Revisitada e Kabuki. Logo após, às 20h20, uma roda de conversa com os diretores das produções exibidas ao longo do dia encerrou a programação cinematográfica do sábado.
Encerrando a programação do dia, às 22h, o artista Lucas Campelo fez uma linda apresentação, com muita música boa e talento, em um show vibrante, misturando ritmos e celebrando a energia do festival.
Referência nacional
Para a presidente do Fórum dos Festivais e Mostras Audiovisuais no Brasil e no exterior, Josiane Ozório, o Curta-se é um dos festivais mais importantes do Nordeste, que traz a vanguarda, filmes inéditos, que tem uma curadoria. “Enquanto representante do Fórum, posso dizer que esse festival é referência do Brasil, no cinema, nos projetos educativos, na itinerância, atividades paralelas e na curadoria. Reúne diretores, produtores, platéia, promovendo uma experiência social”, diz Josiane.
O realizador Jaime Guimarães, que esteve no festival representando a diretora do curta “A nave que nunca pousa”, Ellen Morais, disse que esta é sua primeira vez participando do Curta-Se. “Já conhecia o festival de nome. Em Campina Grande, o Curta-Se é conhecido, as pessoas falam sobre ele. Um festival que já se mantém por 24 edições e com esse escopo, com essa estrutura, podemos dizer que é digno de ser notado em qualquer território. Fiz a inscrição e tivemos a alegria de sermos selecionados e ver mais de perto como é a alma do festival, das pessoas que o fazem. Está sendo sensacional”, afirmou Jaime.
Curta-Se 24
O Festival conta com patrocínio da Petrobras, Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet); apoio cultural do Cine Walmir Almeida, da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e do Governo do Estado de Sergipe, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), e do Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa; além do apoio institucional do Ibero Fest, Avanca Film Festival, VIII Congresso das Coalizões pela Diversidade Cultural e do Fórum dos Festivais.